quinta-feira, maio 19

Black

Como a Polícia até agora não apareceu, pra não ter um ataque nervoso por causa do barulho e das portas e janelas tremendo, liguei novamente para a Ébano e pedi pra falar com o gerente. A moça que atendeu gritou para chamarem o Black. Depois de um tempo, um homem com sotaque nordestino se apresentou como Rosevaldo e responsável pela noite. Reclamei do barulho e ele fêz o discurso das recentes obras de isolamento e de que eu não posso reclamar porque eles estão dentro da lei. Quando afirmei que eu sei que nem licença de funcionamento eles têm, calou-se. Falei que chamaria de novo a Polícia e ele propôs abaixar o volume. E agora está tudo em silêncio. O Black deve ser mais um dos policiais que fazem, ilegalmente, bico como segurança nas casas noturnas, uma das razões pelas quais a PM não atende com boa vontade reclamações contra boates, bares e danceterias.